fotografia: Oséias Targino
A Prefeitura de Itaitinga, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca do município e em parceria com o Instituto Veredas da Cidadania, realizou na última sexta-feira (27), o Seminário Regional de Formação em Políticas Públicas de Itaitinga, cujo tema abordou a Unidade de Conservação (UC) do Parque Estadual das Águas.
Entenda: o Parque Estadual das Águas abrange os municípios de Aquiraz Itaitinga, Guaiúba, Horizonte, Pacajus e Pacatuba e se destina a proteger os recursos hídricos da Região Metropolitana de Fortaleza. No Parque recém-inaugurado serão permitidas as atividades de pesquisas científica; educação e interpretação ambiental; recreação em contato com a natureza; e o turismo ecológico, além de conter os processos de urbanização nas proximidades dos açudes e recuperar a cobertura florestal.
Durante o seminário, o geógrafo Wallason Faria de Sousa, colaborador da Semam de Itaitinga, esclareceu sobre a regulamentação do Parque e expôs ao público os benefícios da UC para a biodiversidade do Ceará e para milhões de pessoas que dependem da água do complexo hídrico Pacoti/Riachão-Gavião.
Sabina Leila Barros, professora, representando os agricultores de Itaitinga, classe afetada pelo Parque amplamente ouvida pela Secretaria de Agricultura do município, ressaltou as perdas que sofrerão aqueles que sobrevivem da agricultura familiar.
Oséias Targino, escritor que estuda a região do Parque e sua biodiversidade, apontou algumas alternativas que poderão ser viabilizadas na UC, conforme sua legislação. Targino sugere que a classe afetada seja incluída na execução dos projetos sugeridos para o Parque Estadual das Águas.
Ao encerramento do seminário foi criado uma comissão formada por representantes de diversos segmentos da sociedade com o propósito de dialogar com o Estado (Sema) meios de conciliar os interesses dos trabalhadores rurais com as atividades do Parque.
Saiba também: dos 9.836,72 de hectares do Parque, 40% está dentro do território itaitinguense, portanto, o município de Itaitinga é o mais afetado pela Unidade de Conservação.